CCOM / terça-feira, 9 outubro , 2018
Os programas sociais que estão sendo contemplados pela administração do prefeito Pe. Walmir Lima em Picos estão dando resultados em níveis local e nacional. Matéria da rede Globo de Televisão exibida no Jornal Nacional do dia 05 deste mês dá conta disso.
A matéria da repórter global Lília Teles, faz um retrospecto nacional de vários temas sociais e culturais pelo país, mostrando variadas facetas da cultura brasileira, além de trazer histórias reais de pessoas que vivem numa sociedade tida como desigual em distribuição de renda.
“O desrespeito e intolerância à população LGBT já deixaram muitas vítimas, deixaram muitos mortos. Resultado de uma guerra violenta, antiga e inexplicável, que ainda acontece em muitos lugares. O alerta vem de Picos, uma pequena cidade no semiárido do Piauí, que tem muito a ensinar ao resto do país, no combate a homofobia”, diz a repórter Lília Teles em sua passagem na matéria.
O trecho acima é parte do quadro “O Brasil que Eu Quero”, apresentado diariamente na grade da emissora durante todo o período eleitoral, o qual direciona questionamentos de pessoas comuns pelo Brasil afora acerca de variados temas, assim como sugestões para a comunidade política nacional. O objetivo da emissora é suscitar o debate público sobre a realidade em que passa o país, tanto na cena política, quanto na ceara de politicas públicas que possam melhorar a vida da sociedade brasileira.
Confira a matéria completa no link: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/10/05/brasileiros-juntam-suas-vozes-contra-intolerancia-racismo-e-homofobia.ghtml.
O vídeo
O professor Patrik Sousa, gay assumido, fez sua participação no referido quadro “O Brasil que Eu Quero” com vídeo de 15 segundos. O mesmo faz um alerta aos brasileiros sobre o grande perigo em torno da homofobia. O professor pede em sua fala, mais respeito pela questão de gênero e orientação sexual. Ele explica que pessoas estão sendo mortas por conta da sua ideologia sexual e faz apelo dramático.
“O Brasil que eu quero é um país em que o LGBT seja respeitado por sua orientação sexual e identidade de gênero… E parem de nos matar”, diz.
Na concepção de Patrik Sousa, a homofobia está implícita em muitos espaços em que o homem está inserido, sobretudo na sua própria personalidade e que podem ser percebidos por meio de gestos simples e variados.
“Ela, a homofonia, não se externaliza apenas numa agressão física. Se manifesta com um olhar hostil, com uma piadinha de mau gosto”, comenta.
Patrik Sousa é professor da Rede Municipal de Ensino de Picos.
Ações da coordenadoria de Direitos Humanos
“Mas a repercussão do vídeo de Patrik no JN não apareceu à toa na Rede Globo. Tudo isso é fruto de um trabalho sério e bastante elaborado, visando conscientizar a sociedade sobre princípios democráticos e, sobretudo, o respeito pela vida do outro. Esse trabalho que fazemos em Picos não seria possível sem o apoio incondicional do Prefeito Pe. Walmir Lima”, refere a coordenadora de Direitos Humanos de Picos, explica a mulher-trans Jovana Cardoso.
Nesse sentido, a prefeitura de Picos mantém variados programas sociais que visam a inclusão das camadas da sociedade ditas ‘marginalizadas’, entre elas, membros LGBTs. Em Picos, o trabalho é coordenado por Jovana Cardoso.
Jovana informa que as forças do poder público local contra a homofobia se concentram nas escolas, onde, segundo ela, em Picos existia grande evasão escolar LGBT local, fato gerado pela força homofóbica desmedida e até então não combatida.
“Quando nós chegamos, encontramos uma população LGBT evadida das escolas. Então implantamos o projeto Diálogos em Diversidade Para Uma Escola Mais Inclusiva, pois foi a forma inicial que encontramos para combater a evasão escolar LGBT e buscar conscientizar a comunidade sobre os males que poderiam causar a homofobia. Nós tínhamos LGBTs que eram hostilizados na rua. Pessoas jogavam coisas. Hoje não tem mais isso. A população LGBT está inserida na sociedade e agora estão estudando em Picos. Isso nos engrandece muito”, reconhece.
Jovana Cardoso esclarece ainda que a Prefeitura de Picos, por meio da coordenadoria de Direitos Humanos mantém outros programas de inclusão e combate á homofobia na cidade picoense. Um deles, diz respeito à Jornada LGBT, evento que acontece anualmente na cidade e atrai membros da causa e simpatizantes.
Recentemente, Picos foi sede da 12ª Jornada LGBT, onde membros LGBTs de vários estados do país participaram durante três dias de debates e mesas temáticas. As pautas relacionaram, além do combate à homofobia, assuntos ligados às DSTs e práticas de combate ao avanço da Aids.
“Foi um momento único para Picos. Orientamos muitas pessoas sobre vários temas. Orientar, formar pessoas a ter um futuro mais igual, sem preconceito, sem discriminação e, principalmente, prevenir sobre a Aids, ensinando as pessoas a se prevenir contra doenças sexualmente transmissíveis, foi um dos nossos objetivos nesta jornada”, comenta.
Alguns dados sobre homofobia
No Brasil, segundo dados da Agencia Brasil, em 2017, 445 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs) foram mortos em crimes motivados por homofobia. O número representa uma vítima a cada 19 horas. O dado está em levantamento realizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), que registrou o maior número de casos de morte relacionados à homofobia desde que o monitoramento anual começou a ser elaborado pela entidade, há 38 anos.
Em 2017, 445 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs) foram mortos em crimes motivados por homofobia. O número representa uma vítima a cada 19 horas. O dado está em levantamento realizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), que registrou o maior número de casos de morte relacionados à homofobia desde que o monitoramento anual começou a ser elaborado pela entidade, há 38 anos. Fonte: Agencia Brasil.
Confira dados na íntegra no link: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2018-01/levantamento-aponta-recorde-de-mortes-por-homofobia-no-brasil-em.