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11ª Jornada Nordestina de Cidadania LGBT começa nesta sexta com atividades artísticas e educativas em Picos

CCOM / sábado, 18 novembro , 2017

Tiveram início nesta sexta-feira, dia 17, as atividades da 11ª Jornada Nordestina de Cidadania Plena LGBT e Prevenção das IST/Aids e Hepatites. A edição deste ano acontece no Centro Administrativo e traz como tema “O que tem cura é seu preconceito”. O evento segue até o domingo, dia 19, tendo como encerramento a Parada Cultural da Igualdade de Picos.

A jornada traz inúmeras palestras e é aberta ao público de forma geral. Na programação estão inseridas mesas de discussões abordando temas importantes e atuais como a violência contra a mulher, feminicídio, identidade trans, genocídio da população trans e as novas tecnologias de prevenção de DST´s.

Vice-governadora Margarete Coelho

A abertura contou com a presença da vice-governadora, Margarete Coelho que destacou a importância do evento não apenas para a cidade de Picos, mas também para o Piauí e o Nordeste tendo em vista que a Conferência tem tal abrangência.

“Nós precisamos debater as questões em referência a comunidade LGBT que são pessoas que têm serviços relevantes prestados a sociedade e devem ser reconhecidos como tal, reconhecidos como cidadãos. As conferências servem para isso, vamos debater, vamos conferir, vamos planejar novas metas para atingi-las”, ressalta a vice-governadora.

A programação do primeiro dia contou ainda com a participação da cantora Angela Lecler que parabenizou a organização e ao prefeito de Picos por sediarem este evento. Dentre os trabalhos apresentados durante o encontro está a IV Mostra Piauhy Indígena que é feita entre a Faculdade R.Sá e a Universidade Federal do Piauí.

Cantora Angela Lecler

Professor universitário, Paulo Mafra (à direita)

O professor universitário, Paulo Mafra destaca que a importância de momentos como este é muito grande, porque estão envolvidos universidades, movimentos sociais, órgãos públicos e administrativos da prefeitura.

“Todo mundo está aqui unido para dizer não ao preconceito seja ele qual for: étnico, indígena, quanto a negro, umbandista, contra a mulher, contra homossexuais, então é um evento muito marcante. Picos está sendo referência na região, o Vale do Rio Guaribas está sendo referência para o Brasil, pois conseguimos aqui reunir diferentes etnias, grupos, movimentos sociais e dizer não ao preconceito. A única coisa que eu acredito que tenha cura é o preconceito com terapias, conhecimentos, com mais educação e eu acho que é isso que estamos fazendo aqui”, explicou Paulo Mafra.

A estudante do Curso de Direito da Faculdade R.Sá, Luana Moura, destaca que o evento é de grande importância para o reconhecimento de outras culturas que não são vistas.

“A sociedade em que vivemos é desigualitária onde todos são vistos de formas desiguais e o preconceito é a forma mais abrangente que encontramos ao nosso redor. O mundo que vivemos rotula o que tem que se vestir, tem que calçar e um evento como este mostra que somos livres e que a nossa liberdade dá direito de escolhermos e mostrar a nossa cultura independente da aceitação ou não” explica a estudante.

A estudante do Curso de Direito da Faculdade R.Sá, Luana Moura (à esquerda)

A acadêmica do Curso de Pedagogia da Faculdade R.Sá, Fabiana Melo também ressalta a relevância da jornada. “Tem importância máxima porque todos têm que respeitar por igual. Aqui mostramos os trabalhos e projetos voltados contra o preconceito”, destaca.

Estudante do Curso de Pedagogia da Faculdade R.Sá, Fabiana Melo (à direita)

A coordenadora municipal de Direitos Humanos e Livre Orientação Sexual, Jovanna Cardoso, informou que jornada visa formar pessoas no respeito às diferenças, no enfrentamento a epidemia de AIDS e todas as formas de preconceito, a intolerância religiosa e o racismo.

“É um evento de extrema importância para nossa macrorregião, contempla toda região Nordeste e mais alguns estados do Brasil a fora. Então é importante para conciliar conhecimentos e fazer a troca de ideias para poder fazer um Brasil mais igual para nossa gente. A população de Picos é convidada a participar do evento que é aberto disponível a todas as pessoas que tenham interesse de aprender do que é respeito, do que é tolerância, do que igualdade”, concluiu Jovanna.

Coordenadora municipal de Direitos Humanos e Livre Orientação Sexual, Jovanna Cardoso.

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